China suspende parceria com o governo dos EUA em cinco áreas

Em retaliação à visita da congressista Nancy Pelosi, China suspende parceria com os EUA em cinco áreas, inclusive no combate às mudanças climáticas, e cancela negociações no campo militar. Casa Branca reage e convoca embaixador de Pequim em Washington.

Enquanto o Exército de Libertação Popular (ELP) prosseguia com exercícios militares sem precedentes em seis pontos ao redor de Taiwan, o Ministério das Relações Exteriores da China suspendeu a cooperação com os Estados Unidos em matéria de aquecimento global, repatriação de imigrantes ilegais, assistência jurídica em assuntos criminais, e combate a crimes transnacionais e a antinarcóticos. A decisão do governo de Xi Jinping surpreendeu os EUA, que convocaram o embaixador chinês, Qin Gang, para prestar explicações.

O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, John Kirby, declarou ao jornal The Washington Post que autoridades da Casa Branca afirmaram a Qin que as recentes ações militares chinesas — que incluíram o disparo de mísseis sobre a principal ilha de Taiwan — foram “irresponsáveis e em desacordo com a meta de longa data dos EUA de manter a paz e a estabilidade” na região. Kirby pediu à China que interrompa as manobras bélicas e diminua os ânimos. “Os chineses podem fazer muito para reduzir as tensões cessando seus exercícios militares provocativos e baixando o tom”, disse.

O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, anunciou que seu país “suspenderá as negociações sino-americanas sobre a mudança climática” e cancelará um encontro entre dirigentes militares, assim como duas reuniões sobre segurança. Por sua vez, John Kerry, enviado especial do presidente John Kerry para o clima, advertiu sobre as consequências das medidas diplomáticas adotadas pela China. “A suspensão da cooperação não pune os Estados Unidos — pune o mundo, particularmente os países em desenvolvimento”, afirmou o norte-americano.

Kerry classificou com “decepcionante e equivocado” o anúncio da suspensão “unilateral” do trabalho bilateral sobre o clima. “A crise climática não é um tema bilateral, mas universal. Não se trata de geopolítica ou de ideologia. Nenhuma nação deveria impedir o progresso em questões transnacionais existenciais por causa de diferenças.”

Fonte: Correio Braziliense

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