Golpe do falso imóvel: entenda crime em que golpista usa fotos da internet para oferecer aluguel e enganar vítimas

Suspeito preso usava fotos de casas bem conservadas e fazia anúncios com valores atraentes, segundo polícia. Delegado já identificou quatro vítimas, mas acredita que número seja maior.

Após a prisão de um suspeito de usar fotos de internet para oferecer aluguel e enganar vítimas em Goiânia, a Polícia Civil já identificou ao menos quatro pessoas que caíram no golpe do falso imóvel. Nesse crime, o interessado em alugar a casa anunciada depositava um valor para garantir o negócio, mas, depois, descobria que tinha sido enganado. O delegado Eduardo Carrara acredita que o número de vítimas seja ainda maior e explicou como funciona o golpe (entenda abaixo).

“Nós já identificamos quatro vítimas, já identificamos os prejuízos que essas vítimas sofreram, mas acreditamos que tenham sido dezenas de vítimas que ele venha aplicando esse golpe”, disse o delegado.

O homem, de 28 anos, suspeito de aplicar o golpe do falso imóvel foi preso em flagrante na quarta-feira (5). Até a última atualização desta reportagem, o g1 não havia obtido contato com a defesa do suspeito para que se posicione.

O delegado contou que, nesse golpe, as vítimas se interessavam em alugar a casa anunciada nas redes sociais, depositavam um valor pra garantir o negócio, mas depois percebiam que tinham sido enganadas.

Um print divulgado pela Polícia Civil mostra um dos anúncios divulgados nas redes sociais (veja acima). No post, o criminoso usava uma foto de uma casa, que teria sido copiada de um anúncio qualquer na internet. A imagem exibe um imóvel aparentemente bem conservado e com preço atraente: R$ 850.

A PC também divulgou um print de uma conversa do golpista com uma das vítimas. Na mensagem, o homem age como locatário da casa, tentando passar credibilidade, e pede dados pessoais da pessoa interessada, como nome completo, telefone, horário de visita ao imóvel e pede R$ 350 como “sinal” para dar entrada do aluguel.

Na conversa, o golpista chega a marcar uma visita com a pessoa interessada para 8h30 do dia combinado. Logo em seguida, ele pede a vítima para fazer um PIX. Conforme a polícia, assim que o dinheiro caía na conta, o estelionatário parava de responder pelo aplicativo de mensagens e bloqueava as vítimas.

O delegado contou que, até a noite de quarta-feira, ao menos quatro pessoas já tinham procurado a delegacia para contar que depositaram entre R$ 300 e R$ 400 para o suposto golpista. O dinheiro era um “sinal” que teria sido combinado para garantir a preferência na locação da casa.

Em conversa, suspeito de golpe marca encontro com vítima e cobra dinheiro para 'sinal' de aluguel — Foto: Divulgação/Polícia Civil

Ao longo da investigação, a Polícia Civil descobriu que para receber os valores das vítimas, o suspeito usava os dados bancários de uma parente dele, que também foi levada à delegacia. A mulher foi ouvida como testemunha e não foi presa, mas a PC vai investigar se ela tinha algum envolvimento com o crime.

“Quando tiramos o extrato [da conta bancária da parente], vimos que os valores entravam na conta dela e, de imediato, eram transferidos para uma conta de titularidade do conduzido”, explicou o investigador.

De acordo com a Polícia Civil, o homem preso já tinha passagem por homicídio. Ele foi levado para a Central de Flagrantes.

Fonte: G1 Goiás

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