Manipulação na Série B: entenda passo a passo o esquema de apostas investigado pelo MPGO

De acordo com as investigações, o esquema poderia render até R$ 2 milhões aos mandantes. Jogadores envolvidos receberiam até R$ 150 mil.

O Ministério Público de Goiás (MPGO) investiga uma série de manipulações em partidas da Série B do Campeonato Brasileiro envolvendo esquemas de apostas esportivas. Na terça-feira, o órgão, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), deflagrou a Operação Penalidade Máxima, que cumpriu mandatos de busca e apreensão e um de prisão em Goiânia, São João Del-Rei (MG), Cuiabá (MT), São Paulo (SP), São Bernardo do Campo (SP) e Porciúncula (RJ). Com evidências colhidas, a investigação segue em andamento, com três jogos como alvos da principal denúncia: Vila Nova x Sport, Criciúma x Tombense e Sampaio Correa x Londrina.

Segundo o MPGO, o esquema, que poderia render até R$ 2 milhões aos mandantes, envolveria o aliciamento de jogadores para que fossem cometidos pênaltis nas primeiras etapas das partidas, o que só não teria acontecido em Vila Nova x Sport. Para os jogadores, o esquema renderia R$ 10 mil em adiantamento e R$ 140 mil caso o esquema desse certo. Agora, partidas de campeonatos estaduais de 2023 também estão sob investigação, sob suspeita de continuidade do esquema.

Os investigados, segundo o site ge, são: Romário, meia ex-Vila Nova; o lateral Mateusinho, ex-Sampaio Corrêa e atualmente no Cuiabá; o zagueiro da Tombense Joseph; o volante Gabriel Domingos, do Vila, que teria emprestado sua conta para que Romário recebesse do apostador. Romário disse ao ge que foi procurado com a oferta financeira e dará mais detalhes em depoimento, Mateusinho nega as acusações e Joseph foi afastado pelo Tombense. O Vila Nova, que denunciou o caso, não vê má fé no caso de Domingos.

Entenda o passo a passo de como teriam sido os crimes investigados pelo MPGO:

Apostador aborda os atletas

O principal suspeito de articular o esquema, segundo reportagem do g1 que credita o MPGO, é Bruno Lopez de Moura, dono da BC Sports Management. Preso temporariamente na terça-feira, no escopo da operação, o empresário é quem fazia contato direto com os jogadores envolvidos, estruturava as apostas e fazia cobranças pelo resultado do esquema, diz o promotor Fernando Martins Cesconetto.

A oferta total era de R$ 150 mil, sendo R$ 10 mil de adiantamento mais R$ 140 mil para cada atleta em caso de sucesso na aposta. Um celular apreendido durante a operação mostrava novas combinações de manipulação em prints de WhatsApp.

Romário é pressionado

Dos jogadores investigados, Romário não seria relacionado para a partida, o que fez com que fosse pressionado pelos articuladores antes da bola rolar. O presidente do Vila Nova, Hugo Jorge Bravo, que denunciou o esquema, alega ter recebido informações de que um atleta do clube envolvido com o esquema tentaria convencer outro companheiro a cometer a penalidade.

Fonte: Mais Goiás

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