Estudantes fazem campanha para ajudar colega de 15 anos que descobriu câncer, em Aparecida de Goiânia

Menina foi com câncer raro chamado Linfoma de Imunofenótipo tipo B, que ataca as células de defesa do organismo. Segundo a mãe, ela precisa de um medicamento que a caixa custa cerca de R$ 5 mil.

Estudantes de uma escola de Aparecida de Goiânia realizaram uma campanha para ajudar a colega de 15 anos que foi diagnosticada com um câncer raro chamado Linfoma de Imunofenótipo tipo B, que ataca as células de defesa do organismo. A mãe da adolescente Hemilly Vitória, Arlete Alves Ramos, explica que a menina foi diagnosticada há dois meses e desde então está internada.

“Ela está fazendo uma quimioterapia muito forte para destruir esse tumor, mas a quimioterapia não consegue distinguir as células boas das ruins e sai detonando tudo”, explicou.

A avó da menina, Zilda Alves, esteve na escola durante a homenagem que foi realizada à menina e se emocionou.

“Achei lindo. Lindo demais, até chorei. Tem muita gente boa nesse mundo”, disse a avó.

Quem também não deixou de se emocionar foi a própria Hemilly, que desde que parou de ir a escola para iniciar o tratamento tem recebido constantes mensagens de apoio dos amigos e colegas.

“Está sendo muito importante ver tanta gente torcendo por mim, me apoiando. Vou sair dessa e logo logo estou aí de volta”, explicou.

Estudantes fazem campanha para ajudar colega com câncer em Aparecida de Goiânia, Goiás — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Estudantes fazem campanha para ajudar colega com câncer em Aparecida de Goiânia, Goiás — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Em conjunto com a quimioterapia, o hospital Araújo Jorge receitou uma medicação que, segundo a mãe, custa cerca de R$ 5 mil a caixa. Ao todo, a menina necessita de seis aplicações desse remédio. À TV Anhanguera, a Secretaria de Goiás informou que o estado não fornece esse medicamento. O g1 ainda solicitou ao Araújo Jorge o estado de saúde da adolescente, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.

Desesperados, os pais de Hemilly não têm condições de pagar, e foi vendo o desespero da família que os colegas e professores da adolescente decidiram se unir para ajudar a menina.

“Esse medicamento é para proteger ela dos males futuros, para que ela tenha a chance maior de cura”, explicou a mãe.

Estudantes fazem campanha para ajudar colega com câncer, em Aparecida de Goiânia, Goiás  — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Estudantes fazem campanha para ajudar colega com câncer, em Aparecida de Goiânia, Goiás — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Ao todo, já foi arrecadado R$ 4,8 mil até o momento. Além dos altos valores, Arlete também fala sobre a dificuldade de encontrar o medicamento.

“Só encontramos em um lugar até agora, que era longe, demora cinco dias para chegar e tem que pagar adiantado”, explicou.

A mãe ainda entrou com um pedido no Ministério Público no dia 5 de setembr com o objetivo que a Justiça de Goiás obrigue o Sistema Único de Saúde (SUS) a custear os medicamentos que Hemilly tanto precisa.

O órgão informou que o caso foi encaminhado para a Câmara de Avaliação Técnica (Cats) “para análise de viabilidade técnica da dispensação medicamentosa solicitada”. No momento, o processo aguarda novos exames, que já foram solicitados à família da paciente. Segundo a mãe, o documento faltante foi enviado nesta sexta-feira (9).

Arlete Alves e Hemilly Vitória, em Goiânia, Goiás — Foto: Arquivo pessoal/Arlete Alves

Arlete Alves e Hemilly Vitória, em Goiânia, Goiás — Foto: Arquivo pessoal/Arlete Alves

Arlete ainda conta não estar sendo fácil ver a filha adolescente tendo que passar por um tratamento de câncer.

“A partir do momento em que eu fiquei sabendo, eu perdi o chão. Minha filha é muito jovem, só tem 15 anos”, lamenta.

Fonte: G1 Goiás

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